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As Lágrimas de Lis.

Ela se sentia triste. Não era "mais uma crise" como sua mãe costumava dizer quando a via trancada em seu quarto escutando The Smit...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Carta ao homem que me imita. Poesia.

Sei que, enquanto se joga nos braços gélidos de outra alma carente em uma praia sombria e sem nome, você usa desesperadamente suas alucinações como escada de incêndio. Tentando fugir do fogo que você mesmo começou.

Mas é tarde demais. A luz da lua incidindo sobre seus corpos nus revela todas as cicatrizes e feridas de sua alma.

Ainda assim, a esperança respira, seu coração bate e você vive.

Por isso lhe digo, homem que me imita:

Não substitua a manhã e o por do sol pelo ranger das engrenagens de um relógio vagabundo.

Nem o brilho das estrelas pela ponta incandescente de um cigarro entre as pedras da solidão.

Pois vejo em seus olhos o mesmo desencanto que vi em olhos refletidos num espelho embaçado de motel anos atrás.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Lady Death. Lyrics.

Dreams are not the problem with you, reality is.
The one you made up for yourself.

Now go and light those shadows they are covering your eyes;
Blinding your own heart.

But you can't find her at all. You were the one that threw her back into her fears.

The sun will rise for another day. Sad, isn't it?
The sun will rise again.

The sun will rise for another day. Heroic, isn't it?
The moon will cry again.

Ohh Lady Death, where are you now?
I am already here again against myself.

Please don't be late to our first date.
I've been waiting you since the first dawn in my life.

Your golden hair mesmerizes me since I was a child...

The Moon will rise for another night. Beautiful, isn't?
The Moon will rise again.

The Moon will rise for another day. Tragic, isn't it?
The Sun will cry again.

Than night shall come and I will close my eyes.
Kiss my left cheek gentle before you say goodbye
Open the window and take me for a fly.
Say you love me one last time.

Oh Lady Death, where are you now?
I've been waiting you since the first dawn in my life.

Oh lady Death!
Stay with me...  

domingo, 11 de dezembro de 2016

Sou o Andarilho do Vento.

São turbilhões de pensamentos que se transformam em sonhos.

Sonhos que me levam ao além-céu  e de onde, em festa, não caibo em mim e explodo em chuva.

Em gotas, eu precipito ao chão frio de uma realidade sombria.

Mas, mesmo aqui, há magia; há folclore; há mito.

Ainda sou eu, mas não estou mais em mim.

Fui um, mas não era inteiro.

Fui partícula, mas não era mundo.

Como chuva que namora a terra vejo, agora, que não há dilema:

Sou ciclo.

Sou fluxo.

Gotas e terra passam a ser sementes. Sementes que drenam a magia do passado em busca de forças no presente.

Não sou partícula e nem sou mundo; nem um ou muitos. Sou semente, árvore e floresta; Sou plural.

Sou multi-verso; infinito de pontas soltas que esperam ansiosamente a oportunidade de deixarem de ser pontas e virarem pontes.

Caminhos que me levam ao desconhecido dentro de mim e que percorrem o Outro.

Não estou ou estarei em qualquer lugar;
Não em um lugar qualquer, ao menos.

Toda estadia tem seu valor.

Sou livre: sempre viajando, sempre andando... Sou um com o Vento.

Eu sou o Andarilho do Vento.

As lágrimas que escorrem são de um, dois ou do mundo?

Irrompem dos meus olhos, assim como o fazem os rios pela face de nossa mãe Terra, dolorosa e graciosamente, lágrimas de diferentes anos, lugares,estações e "Eus". Tu sentes estas lágrimas percorrendo tua pele e afogando cada poro do teu rosto?

Pois sinto e causa-me arrepios tão intensos quanto maremotos, cujo o epicentro é se não oceano de minha alma o centro de meu coração, a dor causadora do teu choro.

Choro este que te toma por inteiro, desde a essência até os poros do teu corpo, numa velocidade avassaladora tal qual o alçar voo dos pássaros ao primeiro sinal de perigo. Mas no teu caso o perigo já passou e causou estragos.

Sem mais rodeios ou palavras bonitas. Te faço agora, de forma muito mais simples e direta, entretanto, mortal, a seguinte pergunta:

Tu sentes escorrendo pelo rosto as lágrimas que irrompem dos meus olhos?

Pois eu sinto em minha própria carne a dor causadora do teu choro.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Blind Man, Lyrics. Letra.

I am a blind man, I'm a unfaithful man with a gun in it's right hand.

I don't want to shoot babe, do you know what happens when a unfaithful man takes action?

People die.

Innocent people die.


The good , the evil , the foolish , the smart , even the loved and the unloved.

The good , the evil , the foolish , the smart , even the loved and the unloved.


I can't aim and even if I could then I wouldn't pull my trigger

Because When I do it the voices stop breathing.

If I had a heart... If I'am to have a heart then I would stop smiling.

Sometimes...

Sometimes they say "It is a dream, go back to sleep. If you do it forever you will stop the bleeding.Trust our words, but in the end the choice is all yours.".

That's a lie! That is true! This is a lie and it is true. This is me.

This is me...
This is me without a heart to see.
This is us.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

They Stopped Shining.

Night after night, I look to the sky and notice more stars stopped to shine.

Every now and then a mother cries, every now and then a hero dies.

So I ask you, is this the world you wanted? Is this the world you wanted?


The blood of angels water the trees and their light pierces the hearts of man.

The blood of angels water the trees and their light pierces the hearts of man.

Why did I open my eyes in those accursed lands? Why have you forsaken me?

You have no courage, coward! That is your name:

Coward.

I am guilt in the matters of Love, but you are insane.

I lost my way as Alice did in the Wonderland, but this is reality baby;
Here children die everyday.

Why did I....
Why did I....

 
                                                                                                                    




terça-feira, 29 de novembro de 2016

Noite de verão.

Cada frase que sai da tua boca é como um céu de verão.

Em cada palavra vejo minha estrela guia.

Talvez seja por isso que me perco em equívocos  quando tento decifrar teus enigmas.

Isso e os segundos que me desligo deste plano e só tenho olhos, cabeça, poros e músculos para esta tua boca.

Eu sei que sou teu, mas quando saberei se és minha?

Posso passar dias deitado ao teu lado, vestido ou desnudo, seco ou molhado, mas tu que és meu tudo não é de ninguém deste lado.

Nessas poucas horas entretanto sei que não estou só. Não sou mais um a contemplar o sol; Eu toco o Sol, tua Lua e sinto teu calor se misturando ao meu.

Sinto teu suor se misturando ao meu.

Dia e Noite não são mais ditaduras dos corpos celestes ou do relógio. Me guio apenas pelos teus olhos. Se conversas comigo sei que é dia, mas se não estás por perto eu durmo.

Algumas noites são mais longas que outras.

Alguns pesadelos mais longos que outros.

Passo por isso tudo: Delírios, fantasias, desejos, alegrias e noites frias. Na esperança de que chegue o dia em que descubra que não fui apenas mais um a esquentar tua cama.

Na esperança de descobrir que tudo que senti foi mais que uma noite estrelada de verão.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

A Rua Caminha Comigo.

Em algumas noites simplesmente me vem a vontade de andar sozinho pelas ruas de onde moro.

Ouço o chamado do vento: o assobio que ele deixa ao passar pelas frestas dos prédios e dos pensamentos. Inconfundível à quem costuma passar as madrugadas de olhos abertos; Olhando para o teto de um cômodo vazio.

É vontade, desejo e necessidade; andar de madrugada pelas ruas da cidade.

Abro a porta do quarto; abro a porta da cozinha; abro a porta do elevador frio e bem iluminado; abro a porta da rua.
Eu abro a porta da cidade.

É tudo tão alto; é tudo tão quieto.

Eu quero andar sozinho, de madrugada, pelas ruas da cidade, mas a rua caminha comigo. Quando volto pra minha cama não estou mais sozinho: a noite se deita comigo.

Não há frio nem calor; sim ou não.
De madrugada existem apenas eu, a rua e o silêncio que nos une.

O silêncio que é palavra dita e não dita. O silêncio é o nosso diálogo; conversa entre eu e a rua.

E o tema é a vida. E também a morte. E tudo que estiver no antes, o agora e o depois.

De madrugada, eu abro a porta e saio pelas ruas de onde moro. Quero e penso que estou a andar sozinho, mas logo realizo que não estou só; a rua caminha comigo.

domingo, 30 de outubro de 2016

Casa na Árvore.

Será que é tão ruim assim,

Tentar voar sem ter asas?

Será que é tão ruim assim,

Tacar fogo na casa da árvore?

                                  +

Eu já não sei mais o que fazer.

As lágrimas me vem sem eu sequer pensar em você ou em nós dois.

Flores me lembram como é conviver com o teu cheiro,
Seja as da cidade ou as que levei ao teu Santuário.

Tudo que vivo, agora, é o vazio que sua ausência me provoca.

                                    +

E neste buraco onde despejo minhas antigas alegrias,
Tomo refúgio das cinzas das nossas ambições.

Mas logo mudo de ideia e as coleciono,
Pensando "quem sabe encontro, em meio a morte, algo vivo de nós dois".

                                    +

Com as poucas coisas que encontro faço para mim um novo par de asas.

Muito melhores que as de Ícaro pode ter certeza!

De qualquer forma não irei cair ou me queimar,
Pois o astro rei caiu junto com a minha rainha.

                                     +

Percebo que lá fora o ar tem gosto de passado.

Não vejo mais as cores como elas são.

E antes do nascer de um segundo sol
O orvalho do futuro em mim já terá secado.

O orvalho em mim já terá secado.

Não há mais razão para se construir uma casa na árvore.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Tempos

A chuva que me faz tremer é a mesma que me força a largar o terror que é a indecisão.

Por muito acreditei na ilusão de que debaixo da coberta estaria ileso de qualquer invasão, ignorando por completo a verdade do mundo:

A morte é a certeza de quem confia no relógio dos homens.

Minha frágil paz, erguida sobre o caixão vazio do tempo, desmoronava perante a grande massa de abutres que, por sua vez, esperavam ansiosos pelo banquete onde o prato principal seria a minha imortalidade enferma.

Oh meu amor, por qual razão briguei com o tempo?

Fosse tempo de paz, tempo de guerra, tempo de luto ou primavera. Já não lembro a razão. Se é que existia razão.

Será que ainda há tempo de viver no tempo dos imortais?

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Another White Box. Lyrics.

Oh sweet heart why do you keep talking to the walls?

Look up to the sky. The ceiling above your head is no more.

Let your dreams and all your nightmares rampage like a wild Storm.

Free the beast that resides in your core and let the fire burn your eyes.

There is nothing left to see in this wasteland called society.

Return buildings to bricks and bricks to dust.

Allow the wings on your back to be bones without flesh; without hope.

Between a second and another  be yourself.

Between a second and another just be; just live; live... now.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Soulful Doll. Lyrics.



Walking soulful doll of pain,
Diving deep into the pools of rain.

Run to the middle of the crowd and feel my shame.

Accept their love while they throw their hate on your face.


Why do we keep being the silly boy?

Running wild from dreams that draws us away from home.

Afraid of the forest but the forest isn't around us.

It grows deep inside the thing we take for our core.


 Walking soulful doll of pain,
Diving deep into the pools of rain.

Run to the middle of the crowd and feel my shame.

Accept their love while they throw their hate on your face.


Why do we keep being the silly boy?

Running wild from dreams that draws us away from home.

Afraid of the forest but the forest isn't around us.

And the fire that would erase it  makes my heart bloom once more.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Featherless wings. Lyrics.

The purple flame that shines in your eyes

Show no mercy at all,

When you look down on me,

Pointing your glass like nails to my guilt heart,

Ready to rip tissue and soul apart.

I want to scream but I also know it's in vain.

I knew all long that this day would come

And suddenly it came.

Now craziness takes control over me:

I hear voices that do not come from the

past but echoes through the air from the

mountain ahead.

The very mountain I will never reach the

peak again.

My once almighty wings are featherless.

Feathers dancing wild in the wind.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

As Lágrimas de Lis. Fragmento II

Em meio à melancolia ela tomou uma decisão. Lentamente, como se cada movimento fosse um novo confrontar com o fato de que aquilo tudo realmente aconteceu, Lis se virou para a cômoda ao lado da cama e esticando o braço alcançou as duas ferramentas necessárias para a tarefa que se propusera fazer.

Com caneta e seu diário na mão ela fechou os olhos, deixando-se levar novamente para os primeiros momentos daqueles três dias. Não escreveu mais nada desde a noite anterior ao desfecho daquele final de semana. Algumas lágrimas saltaram de seu rosto e marcaram as páginas em branco do caderno de capa aveludada e coloração também roxa, em tons mais escuros que os de suas mechas.

Tentou enxugar as lágrimas antes que elas pudessem danificar os relatos tão importantes para si, porém acabou rasgando a folha molhada. Assim que a retirou se deparou com a última página que escreveu.

Com delicadeza, como se estivesse manuseando uma taça de cristal que pudesse se quebrar com qualquer movimento mais brusco, Lis virou as páginas até chegar ao dia 11 de julho de 2014. Deu-se algum tempo e assim que se acalmou um pouco mais poi-se a ler, desde o início, tudo que viu, escutou e sentiu no chalé nas montanhas do Rio de Janeiro.

Começará uma viajem de volta ao tempo em que suas lágrimas do agora ainda não tinham razão de ser.

Door Without Number. Lyrics.

Go outside without fear of getting wet.

Let the rain be the deluge to wash it all away.

Look around no one is talking about what you did after midnight.

It's all inside your head. The pain from a wound you take for a scar.

Yet, if you choose to jump do it the way a good movie should end:

Quietly and with a good song as the final track.


Don't be a coward. There isn't space for eavesdropping.

The doors were made to be opened and then closed. Not the other way.


Life is made of choices and to choose is synonymous of taking risks.

There is no way to know what is beyond the unborn child of the past.

You can't cry if your tears are not ready to fall.

But you can scream about the craziness of the world,

All you want,

To someone you take for the father you never knew.

If you have enough money, that's it.

All right, you dropped the knife before the final round.

Some times it's good to leave the crowd disappointed.

No blood for than after all.

Don't be afraid of the Queen of Hearts cutting your head off.

Be afraid of dieing without knowing if you had her heart.

Play the game. Play it hard.

It doesn't matter which card you are; number, royalty, ace or the joker.

To be one or eleven is only up to you.


terça-feira, 2 de agosto de 2016

Contos de Airehte. Fragmento IX. Fantasia

Um breve momento de silêncio se seguiu após as palavras de Marue'Nir. Neste intervalo, o arcano aproveitou para dispersar a fumaça da clareira com mais um artefato, facilitando assim observar as expressões faciais e reações dos interrogados. Concentrou um pouco de sua própria energia no objeto arcano, apertou um botão no extensor de ar e o arremessou em direção ao centro da clareira. Assim que o objeto tocou o chão um barulho seco ecoou pela clareira e uma rajada de ar acertou as árvores ao redor da área. O vento também atingiu os três que ali estavam, fazendo as roupas e os cabelos de todos dançarem suavemente com a brisa, de forma semelhante às copas das árvores. Com olhos atentos a todos os detalhes daquela cena, o espião notou que no pescoço da soldado, outrora encoberto pelos longos cabelos castanhos da mulher, existia uma tatuagem de um preto intenso, na forma de uma flecha para cima e com um círculo de cada lado do corpo do projétil, sendo um totalmente escuro e outro apenas a circunferência.

- O que uma sargento das flechas negras está fazendo aqui em Hazifer, além das fronteiras da cidade púrpura, vestida como uma soldado da guarda, numa missão de captura?

A mulher demorou um pouco para responder a pergunta de seu captor. Marue a observou sentar-se com dificuldade, constantemente apalpando a lateral direita do tronco. Mas sua expressão denunciava que algo mais a perturbava além da dor e da ameaça que o espião representava a suas vidas. Orgulho ferido talvez?


- Eu fui designada para acompanhar o pelotão de soldados que partiu de Bras'Illumitene, garantir que o espião fosse encontrado e capturado, se possível.

- Parece que o jogo virou senhorita...? – Provocou o arcano, querendo confirmar suas suspeitas sobre o ego sensível da Sargento

Gilda... Gilda de Chermont’Amell

- Mas você não faz parte das forças da cidade, nem você. - Disse o arcano se voltando para o velho soldado que em nenhum momento tirava os olhos do anel na mão direita do mestiço.

- Nós dois somos de Endogen'Ruri. - Respondeu o soldado, agora encarando o olhar penetrante do arcano. E continuou, sabendo que não adiantava esconder nada do jovem. Aqueles olhos não eram de alguém que se podia enganar.

- Nossa missão era escoltar o portador da carta oficial e assegurar que esta chegasse ao capitão da companhia local.

- Missão que completaram. Mas até aí não explica o fato de ambos estarem aqui agora. Por que não voltaram para a cidadela da Biblioteca Suspensa?

- Quando a carta foi entregue ao capitão fomos notificados que faríamos parte da missão descrita no documento.

- Eles não mandariam dois guerreiros introduzidos nas artes apenas para garantir a prisão de um espião - ponderou o mestiço, falando mais para si do que para os interrogados sentados a sua frente, e continuou - A não ser que soubessem do que eu era capaz e quais eram os meus objetivos.

- Mas eles sabiam exatamente do que você era capaz. - Afirmou a mulher, dando um sorriso - E o mais curioso é que dentre as ordens descritas na carta existia uma que nos impedia de compartilhar as informações sobre você com os soldados.

Marue' Nir não gostou do que ouviu. O fato de saberem do que ele era capaz o preocupava, pois não tinha entrado em combate aberto em nenhum momento durante sua missão em território imperial. Para terem tais informações eles teriam que ter algum agente dentre o comando de inteligência da F.L.R. Entretanto, se isso fosse verdade, as forças inimigas já teriam criado oportunidades bem mais claras de eliminar um agente tão perigoso quanto ele. Não esperariam que o espião saísse do território para ataca-lo no meio da floresta das trevas, a poucos quilômetros de uma cidade inimiga. Só restava uma opção.

- Essas ordens têm relação com o Oráculo de Mármore?

- Isso tem tudo haver com o oráculo. - respondeu o velho, deixando escapar uma risada fraca.

- Como assim? - Perguntou Marue'Nir.

- Ninguém sabe exato quando começou, na Batalha dos Arcos de Pedra ou se foi no Cerco ao Palácio de Mármore, mas o fato é que desde a conquista das terras sob a montanha de Kazel Gogui as missões mais importantes recebem um selo a mais de acordo com a dificuldade: o Selo do Oráculo; Uma carta com uma vela acesa no centro. 

- Eu sei que as cartas de missões do Império recebem selos de militares de diferentes patentes de acordo com a dificuldade e importância das-

- Você vai ficar me interrompendo ou vai me deixar terminar? - Disse a sargento encarando o espião com a mesma intensidade com que ele a olhava.

"Gostei da atitude dela, é uma pena que estejamos em lados opostos" pensou o mestiço, sem deixar transparecer em sua feição a admiração pelo espírito da garota.

- Então termine.

- A "sua carta" tinha o selo de três das figuras mais importantes do Império: O oráculo, o marechal e a rainha.


(Continua)




Contos de Airehte. Fragmento VIII. Fantasia

Entretanto, o arcano não teve tempo para recuperar o fôlego e muito menos se dar o luxo de prestar atenção na dor dos ossos quebrados. O velho surgiu da fumaça atrás dele, desferindo um golpe horizontal com a espada larga na altura do peito do mestiço, que escapou ileso da ofensiva do inimigo ao dar um pulo rápido para trás. Sem desperdiçar tempo, estendeu seu braço direito e com a palma da mão apontada para o soldado conjurou uma esfera de fogo, disparando-a com o comando mental "avance e queime".

O soldado que ainda estava de pé demonstrou que era mais do que um "simples guarda da cidade" como o espião tinha estipulado. Momentos antes da esfera de fogo o atingir ele a cortou ao meio com um golpe vertical de sua enorme espada. Porém, no espaço de tempo entre o disparo da arcana de fogo e o aparar do soldado, Marue' Nir encurtou a distância entre os dois e assim que o velho terminou seu movimento de defesa, ficando com a ponta da espada quase ao nível do chão, o arcano deu-lhe um soco no rosto, aproveitando a abertura. O soldado deu alguns passos para trás e, desequilibrado, tentou retribuir o golpe sofrido, mas sem sucesso. Pelo contrário, levou um segundo golpe do mestiço, dessa vez um chute, logo após seu soco ter sido facilmente evitado pelo jovem espião. Como resultado desse chute na boca do estômago o velho caiu de joelhos, evitando um terceiro golpe ao colocar as mãos no chão e conjurar uma parede terra entre ele e Marue.

O segundo chute do Arcano foi bloqueado pela arcana de terra do soldado que, por sua vez, aproveitando o momento, deu um soco que atravessou a proteção que erguera segundos antes, acertando o alvo desejado; o rosto do mestiço. Marue cambaleou alguns metros para trás mas logo se pôs de pé pois sabia que o velho não desperdiçaria a vantagem que estava tendo naquela luta. Assim que levantou o espião foi forçado a desviar de um pedregulho que foi arremessado contra ele, pelo velho, enquanto ainda estava rolando no chão. Logo após a evasiva olhou para cima e viu que mais três fragmentos do muro erguido pelo soldado estavam prestes a cair sobre ele. Apontou a palma da mão para os pedaços de pedra e disparou uma esfera de fogo contra cada um deles. A explosão resultou em mais poeira, que distraiu o arcano, dando tempo para que o soldado recuperasse a espada larga e partisse para o corpo-a-corpo novamente.

Assim que abriu os olhos o mestiço percebeu que o inimigo estava bem a sua frente, com a espada erguida sobre a cabeça e prestes a iniciar o movimento de queda fatal. Percebendo que não teria tempo para esquivar o arcano lançou mão de um dos artefatos mais poderosos que tinha. Rapidamente concentrou sua atenção no anel da mão direita e sussurrou:

- Tome a forma da minha vontade!

Em sua mão materializou-se uma espada feita puramente de chamas irriquietas e de aspecto selvagem. Assim que a lâmina de metal entrou em contato com a espada arcana seu corpo se partiu em dois. Ou melhor, a lâmina de fogo derreteu o metal da espada do velho sem nenhuma dificuldade. O soldado foi pego de surpresa e ficou completamente sem reação. Marue' Nir estava prestes a desferir o golpe final quando atrás dele a jovem mulher gritou:

- Não mate o meu avô!

E, por reflexo, o espião parou o golpe a meio caminho do alvo. Ele não tinha entendido, a princípio, o porquê de ter se contido, uma vez que seu plano inicial era realmente eliminar o mais velho dos dois soldados. Porém, passados alguns segundos de silêncio na clareira, ele percebeu, com certo alívio, que não tinha atravessado a fronteira entre ser um espião, matando para cumprir os objetivos e ser um assassino frio, matando por esporte. Tendo estabelecido um laço afetivo entre os prisioneiros permitia que ele obtivesse informações utilizando a vida de um como moeda de troca com o outro.Muito melhor que contar apenas com um prisioneiro que poderia muito bem aceitar a própria morte em algum momento. Quando se trata de um ente querido as coisas mudam. Sendo assim ele não precisaria matar o velho, evitando que o número de almas em sua conta aumentasse, pelo menos por alguns instantes.

- Permanecer vivo dependerá de como vocês irão se portar. Eu tenho perguntas e quero respostas. E não adianta mentir, eu saberei se o fizerem.

(Continua)

terça-feira, 26 de julho de 2016

Espinhos

Sorrisos-espinhos da cerca viva que cobre o cinza da cidade.

Mentiras, sinal verde para esse tal sonho de liberdade.

Será verdade?

O que os profetas de mármore dizem
Nas ondas invisíveis que sinto no corpo.

Amor eu encontro num livro qualquer,

Mas e o calor que eu preciso neste meu peito frio?

Onde está você?

Calafrio que me cobre como manto de mãe, antes mesmo do anoitecer d'Alma.

Minha alma chora, sangra, geme, urra- tempestade que arranca, finca e é raiz de mim.

Lala lalala Lala Lala 3x

Onde está você?

quinta-feira, 21 de julho de 2016

The Prince of The Eternal Night. Fragment V.

- You've walked far, daughter of time. Too far indeed

The air was tense. The way Lord and Creature looked at each other was the statement that one of them would not come out from that encounter alive. 

- We have covered land and water for a millennium. We were crawling in misery under your watch, waiting for clemency from heaven but not a single word were heard from you gods. Thunderbolts and fire were the only things that came down from the skies.  

Rabelo could feel the hate and pain growing in the voice of the mortal in front of them, emanating from within each word coming out of her mouth, but he could not feel pity of her. Not after the loss of all the stars and their guardians. 

- Such a nonsense! You speak as it was our fault that humanity reached such a state!

-And it is your fault! Every attempt we made of going out of this failed and empty planet were violently blocked by you! 

- You were the ones that consumed the world.

For the first time the Lord spoke directly to the woman. His voice wasn't like any other voice that the mortal had heard in her entire life. It was like every word he spoke was an absolute truth. Actually, the moment the god opened his mouth, nature itself seemed like had become mute. 

And he continued, without any visible change in his semblance.

- We could not risk the future of other planets unleashing humanity's bottomless greed into the universe.

-So you waited for us to starve, looking down on us from your golden thrones, pleasuring yourself with the view and luxurious feasts!

Without warning the female warrior lifted her spear in the air and trowed it with incredible speed  towards the Lord but, before it could hit the intended target, the divine adviser quickly moved and blocked the weapon with an energy shield that resembled a six pointed star. 

Without breaking the flow of the battle the woman quickly covered the distance between she and the base of the spear and with the palm of her right hand she hit the desired spot, putting an enormous pressure over Rabelo's Shield. 

The moment the human hit the back of the spear cracks started to appear on the force shield and increase in number. The adviser knew that he had only a few seconds left. Even being unable to deflect, at that short distance, the spear he could easily dodge it but he wouldn't do so until his Lord were out of the weapon's path. 

When the shield was in the point of breaking the prince spoke again:

- Let it come Rabelo.

Without questioning orders, the adviser moved aside just in time to avoid the spear's tip, that had moments before drilled through the energy shield. But the Lord did not moved a inch and welcomed the weapon with opened arms, for Rabelo's panic and the woman's joy.

- No! 

-Yes!

Both of them screamed at the same time the simple words that were the carriers of their emotion;  Despair and Glory, respectively.

The woman smiled the moment she saw the spear drilling deeper and deeper the enemy's torso but soon her smile faltered. The body of the lord, that was right there a second ago, gave space to a copy of it made of shadows and disappeared a second later. Just to reappear right behind the trembling woman whom the face was now the portrait of fear.  She quickly turned her body to look at the enemy and jump backwards but the lord was faster than her and grabbed her face with his right hand. She  escaped  the lord's grapple hitting his arm with her left fist and put distance between them. But the moment she released herself from the enemy's domain the prince of dawn and dusk said:  

- It is too late.

And then she took a look around and noticed that it was already night. The trees were dancing with the wind in an unnatural way and both lords had disappeared. No animal or any other living being could be seem or heard near. And the only sound in the air was her breathing. She was alone. The thing she feared the most.

She was alone in the dark.


terça-feira, 12 de julho de 2016

The Prince of The Eternal Night. Fragment IV.

After his Lord have spoken, Rabelo looked to the same point the Night's Ruler was directing his attention. He saw a black figure, way up in the sky, that was evidently getting closer to the ground. The adviser calculated that the enemy would take less than one minute to arrive at their location.

- My Lord, the enemy is moving fast at our direction. At this speed he will arrive in fifty seconds.

-She can move faster. Stated the the prince.

- What? But that is insan-

Suddenly, an incredible loud noise teared the air and the spear that were stuck in the old tree cut off it's way back to the graveyard. While the adviser was following the extremely fast movement of the weapon to it's final destination another explosion-like sound were heard and in the exactly moment the war artifact stopped in front the prince, with it's edge pointing towards the Lord's heart, a armored, black and green colored being appeared as of nowhere and grabbed the weapon's body in the half.

Everything happened in less than ten seconds and Rabelo didn't understand how the enemy moved from his initial location in the sky to the graveyard so fast. Before the minor lord could move an inch to try protect his Lord, the prince moved faster than both the spear and the false star.

The same way Rabelo wasn't able to see the ridiculous fast movements of the enemy he did not see the much faster movements of his Lord. It was almost like he wasn't moving at all. The moment the false star held the spear with it's right hand the prince had already rotated his body in way his chest would be parallel to the weapon's body. The armored being, moving fast as it was, could not stop his motion and would mostly like pierce the adviser's heart instead of the prince's. But, the instant the spear edge crossed the point where it's original target was, the prince grabbed the weapon's shaft with it's right hand and dealt a fast but firm blow with the other to the armor's right side.

As a result of the prince's hit the false star were threw many meters away from the lord and he's spear were now at the hands of the Night's Ruler. When the armored being stopped rolling on the ground it slowly started to get up, making machine-like sounds with every move.

- It seems like you broke the armor my Lord! Your movements are astonishing. It is like you were never deprived of your powers. 

The adviser was amazed by the prowess of the prince that wasn't satisfied with the outcome of the battle. 

- This isn't over yet Rabelo. The False Star isn't defeated. The spear is clearly showing that it still has a will to fight, the same way it's master.  

After saying that, the Lord loosened it's grip and the spear easily broke out his control, quickly moving towards the fallen armor only to stop into another one's hand. Pieces of armor had fall from an outstretched arm in a green suit with yellowish details. Than, as if nothing had happened, a woman with a short and red colored hair walked out of the armor.

- You are different from anyone I have fought until now! You can even move faster than my  Air Fortress!

The moment the woman stopped walking the adviser, without believing in what he was seeing, said:

- Impossible! There is no way in a millennium that this could be happening! 

The Lord of Dawn and Dusk was rather amused by the true identity of the enemy that survived his first attack. 

- Rabelo, you never told me that our enemies were the very weaklings we used to step on and that I decided to live among.

- My Lord, we never discovered the identities of those we were fighting with. Be it because no remains were left of the defeated ones or because no survivor have ever saw their faces. But to believe they were-

- You better stop underestimating us. Said the mysterious figure, abruptly interrupting the adviser. And continued.

- The Age of the Lords has come to an end. Now we are the Rulers of Earth and soon none of you will remain alive or whatever your existence is called.  

Neither Rabelo or the prince tried to interrupt her speech, be it by the shock or for being too delighted with the surprise. So she continued.

- Yes, I am the personification of all you despised, since the dawn of the world, and from now on I am the incarnation of all your fears! I am...

And at the same time Creature and Creator spoke:

- Human. 

  




In Times of War. Lyrics.

No matter how much land we cover the road never ends.

I grew wings on my back and flew through the skies but heaven were totally empty.

Where are all the angels supposedly to take our backs in the war ahead and with no earthly good left?

High were my expectations, higher than they ever were.

Only child of a lonely father.

Tears dries before they fall.

Leafs falling on the ground before their time.

And  so it is in times of War.

And so it is in times of war! 

War in which I will fight until my skin is no more and my bone become dust.

The very dust one day my bloodline will walk upon.

And so it is, and so it is in times of war. 

Only child of a lonely father.

Tears dries before they fall.

Leafs falling on the ground before their time.

And  so it is in times of War.

And so it is in times of war! 

War in which I will fight until my skin is no more and my bone become dust.

The very dust one day my bloodline will walk upon.

And so it is in times of war.... And so it is in times of war... And so it is in times of war.

Promises made by the dead and destined to be fulfilled by those yet to come.

The saddest it sounds, there is nothing we can do... 

Until the heart of man changes into something else.

And so it is in times of War.

domingo, 10 de julho de 2016

Years in Black (The Enemy Lives Inside). Lyrics.

Years in black, fighting it back.

Meteors colliding on our neighborhood streets.

I realized.

No matter how far away we are from this war,

We'll keep thinking we weren't good enough

To protect our cities

From the attack of the enemy

That lives inside our homes and hearts.

The enemy lives inside the love we feel for those he hurts. ]

Why do we keep pouring tears for the diseased

If we are the ones down?

I realized.

No matter how much you want to run,

in a way or another we'll all be drawn back

To fight in this war we call Life! ] 2x

And it is hard! It is hard! It is hard to find paradise! 2x

In hell we may find it; in darkness we need to find it; In life we must find the Light.

In Life we must find Light.





Ready to Love Again. Lyrics.

Ohhh the lady with the purple dress and white-pale skin makes me shiver.

But in someway her lips are attractive.

The words coming out of her mouth double-crossing me.

I am sure, but I want live everything this dangerous road they call destiny has in reserve for me.

heyyyy Yeahhh

Hey mom! Don't hold me down, it is my turn to go outside.

I need to see the world with my own eyes,

Or I will never grown up and be like daddy.

Ohhh daddy why do you keep hitting me? can't you see it hurts! It hurts!

yeeahhhh (it hurts) (it fucking hurts)

It is too late, the leafs have fallen.

Why are you still on your knees and praying?

The guitar is in silent and the bone is broken.

Your prays have already been answered honey!

Ohh I see! Those are not prays but wishes!

You wish God had never heard your prayers,

But I am here honey! Ready to love again!



















sábado, 9 de julho de 2016

As Lágrimas de Lis.

Ela se sentia triste. Não era "mais uma crise" como sua mãe costumava dizer quando a via trancada em seu quarto escutando The Smiths, Pearl Jam e Legião. Era uma sensação, ou melhor, um conjunto de sensações que ultrapassavam os limites de uma típica "fase adolescente". Ela se sentia abandonada.

Ali, deitada no seu quarto e virada para a parede, a menina dos cachos compridos e mechas roxas sentia uma dor perpassar e impregnar cada fibra do seu corpo. E cada soluço era como se o mundo desabasse dentro dela. O seu mundo; Os seus sonhos.

Mesmo chovendo não estava tão fria aquela madrugada de segunda, em meados de julho, mas Lis não conseguia parar de tremer. Aliás, ela não parava de chorar. Seus sentimentos misturavam-se com Black, que por sua vez, ecoava e se misturava com as paredes e sombras de seu quarto, iluminado apenas pela luz da rua que passava pelo vão entre as cortinas. Aquele cenário era uma pintura exata de como a garota estava por dentro; em diferentes tons de preto.

Já haviam se passado nove dias, mas tudo que ela vivenciou no final de semana anterior ainda estava bem vivo em sua memória, corpo e alma. Eram marcas que, de uma forma ou de outra, não sumirão com o tempo, muito menos com palavras de consolo ou abraços de pessoas que se importavam, ou não, com a garota. Algumas irão se tornar cicatrizes, outras em alguma coisa que só o tempo e noites como aquela poderão dar sentido.

Mas tudo aquilo não lhe causava tanta dor por causa dos momentos ruins. O que estava fazendo com que Lis vivesse aquele luto era o fato de que vivera os melhores momentos de sua vida em três dias, intensos do início ao fim, e que podiam ter sido muitos. Essa era a parte que mais a machucava: o "podiam".

As únicas coisas eternas que ela conhecia eram suas lágrimas e os motivos por trás delas.

(Continua)




quarta-feira, 6 de julho de 2016

Gray Over Green (A Game With No Winner). Lyrics.

Have you ever looked up and saw clouds blinding the sun?

No good thoughts, smiles or laughs.

Oh oh child, can you feel it? The air is sad.

There is no reason for your jokes since there are no happy people left.

Day after day, people jump without warning their chiefs

they will not be back for work after break.

I need a job so I can be someone no one talks about.

Than my mind will have some peace to waste time with futile things.

A game with no winner at all.

My heart is bleeding and I can't breath without your hugs and kisses.

Why does people walk so far from each other on the streets?

That's why it always looks like it's winter, can't they see?

The birds stopped singing long ago and now they are flying away too low,

Stealing my dreams with their beaks.

What did we gain from it? Choosing gray over green.

Nothing we can feel, see or sing about.

A game with no winner at all.











terça-feira, 5 de julho de 2016

Olhos para a beleza.


A beleza da Vida está em tudo que nos rodeia e constitui; seja num monumento erguido há centenas de anos, em nossos dramas e sonhos pessoais ou nas flores das árvores que ignoramos todos os dias e que abruptamente nos dispertam a curiosidade.


segunda-feira, 4 de julho de 2016

The Prince of The Eternal Night. Fragment III.

The prince looked to his left side and asked the trembling Lord about his generals:

- Tell me Rabelo, are my Stars all dead?

Quickly, Answered the adviser:

- No my Lord, but we have suffered a tremendous loss in matter of numbers. Many guardians died protecting the Stars. having each one an amount of five guardians, more or less, I calculated that the number of fallen guardians is around eighty.

- So, you are saying that fifteen from twenty six of my Stars stopped shining in my absence? The unbeatable ones were defeated?

The adviser could feel the anger building up inside his Lord. He was still sitting in his coffin and without moving, but the air around him started to tremble and distort as if the temperature had elevated. But anger did not become wrath. This moment passed as fast as the echo of his awakening in the world have before. And without waiting for Rabelo to compose himself the Lord of Night spoke:

- It hard to me, as you can see and feel, control my own power. I would say that we're lucky that I am not in my best condition, or we would not be in the same scenario for this long. But the hardest part of all this is to believe that those that have been around since before I was born, and this was a long time ago , were murdered by a mysterious force which none of the true sages knew about.

- I see, my Lord. I know we are in a nightmarish situation but I have faith that, now that you're once more with us, we can overcome all the hardships ahead. You can count on me to serve you with everything this body and mind has to offer.

The prince received with satisfaction the unofficially renewed vows of loyalty from Rabelo. The adviser would be an indispensable asset in the battles to come and, even if the prince never had said before, the Night's Ruler considers him as one of his true friends. However, in the middle of his thoughts an strange and growing noise started to distress the  Lord of Night that almost too late recognized the origin of the sound.

Rabelo without noticing the noise started to resume his report on military losses...

- But I couldn't confirm the death of any Pillars and their-

Only to abruptly stop talking, shocked by the fast movement of his Lord that was now standing a few meters diagonally behind him; levitating in the air. With the back of his left hand he had intercepted a silver spear, with yellow details and greenish inscriptions, that would have otherwise pierced through the adviser's cranium.

The mysterious looking war artifact, hit by the prince in its half, was hurled in the direction of the woods and after destroying some trees with it's weight the spear stopped when it hit a greater tree, carving a hole that fitted to it's form. Almost like a pencil in it's own case.

A few seconds after, Rabelo looked his Lord. He didn't have moved a inch from the place in the air where he intercepted the weapon and was looking up without blinking. The minor lord took courage and asked:

- My Lord, what are you looking at?

The prince answered without deviate his eyes from a specific point in the sky:

- To the first false star that I am going to bring down and shred to pieces.

(To be continued)

Segunda Feira

Segunda

Acordo já mal humorado como se, a partir da décima segunda badalada, o ar que adentrara meus pulmões fosse tóxico.

Insisto mentalmente que devo levantar e depois de alguns segundos-horas  levanto da cama, com extremo esforço, ressalto, e vou direto para o chuveiro.

Tudo me incomoda: o chão frio do banheiro me incomoda; o sol que adentra o recinto através da basculante me incomoda; a gota gelada que insiste em pingar do cano metálico do chuveiro me incomoda; eu me incomodo.

Passada a primeira etapa da tortura matinal viajo rumo à mais uma parte da excruciante rotina que havia sido rompida abruptamente pelo fim de semana: Trabalho/escola/faculdade
Coisas que faço agora pensando em aproveitar um tempo que está sempre por vir. Sempre por vir.

Pouco a pouco vou me conformando. Olho no espelho do banheiro e repito para mim  mesmo: já vai passar. Já vai passar.

Então bato o ponto e me retiro. Meu turno acabou, hora do descanso.

O automato retoma o corpo que me foi emprestado.

Só volto sexta, segunda já começou.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Visitantes, amigos e seguidores,
 Eu recomendo muito que leiam as séries "Contos de Airehte" e " The Prince of The Eternal Night"  ambos são contos em fragmentos (de futuros capítulos) de universos místicos e com dinâmicas bem interessantes. Quem curte ficção fantástica faz muito bem em dar uma olhada ;)

Eles fazem parte de muitas fantasias que tenho guardado comigo. Ambos estão demarcados devidamente. Espero que gostem!

Lembrando que os Contos de Airehte já completam sete fragmentos, então recomendo a leitura dos anteriores.

Enough. (One day the war will be over). Lyrics.

Enough of lies.
Enough of hate.
Enough of fights.

Show me your true self  when you're locked in your room, pretending to be good and crying for not truly be.

The ashes of the dreams you once had are fertile soil for the last.

One day all wars will be over and we will dive deep into the ocean.

Don't hesitate and jump.

One day all wars will be over and the sky in the reach of our children.

Don't hesitate and hope.

No matter how long it takes the flowers will bloom without shame.

One day we will meet once more,
In the mist between winter and summer.

Enough of lies, 2x
Enough of fights, 2x

'Till the day we meet once more.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Contos de Airehte. Fragmento VII. Fantasia

Nos primeiros momentos os dois soldados permaneceram onde estavam, mas logo deduziram que eram alvos fáceis mantendo aquela posição e que a fumaça servia apenas para facilitar o objetivo de seu oponente. Entretanto a mulher fez algo que Marue não esperava: Com as mãos unidas, juntou as pontas dos anelares dobrados e esticou os dedos indicadores, também unidos. Este gesto era conhecido muito bem pelo Arcano que já tinha enfrentado diversos de seus conhecedores; os Arcanos de Terra. Em seguida sentou,fincou os dedos indicadores no solo e em pouquíssimo tempo paredes de terra dura foram erguidas na frente dos dois sobreviventes, impedindo a visão de Marue'Nir.

"Eles querem fugir pela floresta!" pensou o mestiço, que logo saiu de trás do tronco que usava como base. Correu em direção ao centro da clareira enquanto projetava esferas de fogo das chamas dos demais troncos e as disparava contra as árvores atrás da parede de terra. As árvores que entraram em combustão formarão um paredão de fogo e pelo seu cálculo eles não tiveram tempo de chegar até o restante da floresta. Marue não queria causar um incêndio mas não podia se arriscar numa caçada sendo que ele ainda podia estar sendo caçado.

Porém, por não terem desistido de seu objetivo inicial ou por perceberem que tinham entrado num embate de vida ou morte, os soldados não criaram aquela barreira toda para terem uma chance de escapar mas sim para tirarem o espião de sua base e terem a chance de ataca-lo no corpo a corpo; eles usariam da fumaça e as táticas de guerrilha do fugitivo contra ele.

Assim que Marue chegou perto da barreira de terra a sessão dela a sua frente explodiu e seus pedaços foram todos em sua direção; a soldado utilizara a arcana da propulsão de rochas  para feri-lo com os fragmentos da barreira. O mestiço só teve tempo de proteger o rosto e peito com os braços. Assim que o fez escutou a mulher gritando: " Agora Orcil!". O velho tinha subido numa plataforma de terra que superava a altura das primeira barreiras e ao som do comando de sua companheira pulou de lá com a espada de duas mãos erguidas sobre a cabeça. Marue'nir conseguiu desviar da espada do velho, por muito pouco, ao se jogar para a esquerda; o chão onde esteve segundos antes ficou completamente raçado com o impacto do golpe do soldado mais experiente. Entretanto, ela estava esperando esta esquiva de Marue'Nir e já tinha calculado o trajeto que o mesmo faria. Quando este se ergueu  a soldado desferiu um golpe de adaga visando o pescoço do fugitivo; golpe que não acertou o alvo. 

No momento que se levantou, e a adaga da mulher já estava na trajetória de seus pescoço, o arcano impulsionou seu braço esquerdo conjurando e disparando uma esfera de fogo contra o chão. A arcana deu velocidade suficiente ao movimento do mestiço que interceptou a adaga da mulher. Entretanto, a força do impacto foi o suficiente para quebrar seu braço, que só não foi decepado a meia altura do ante-braço pelas manoplas que o mesmo estava usando. Aproveitando a força que o impacto do golpe sofrido proporcionou o mestiço realizou um chute giratório que pegou em cheio a mulher na altura das costelas. Pega de surpresa pela contra-medida adotada pelo espião a soldado recebeu o golpe sem defesa alguma e caiu no chão, se contorcendo de dor. provavelmente alguma costela foi quebrada.

(Continua)


terça-feira, 28 de junho de 2016

The Prince of The Eternal Night. Fragment II.

There were light. He could feel it during the first moments of his awakening, but the world felt his presence and quickly all the things that shine, from the fireflies at the woods near the cemetery to the two suns in the sky, hid themselves. But that too, as all things before his eyes, ended in matter of moments.

He slowly raised his chest. Now, sitting on the mortuary bed he had been sleeping on for so long, he began to breathe a little. Breathe was one of the things he learned with the friends he made between the mortals.

The very air entering his body had given a completely new meaning to his awakening. He started thinking on all his actions along the centuries after they found him for the first time and decided: He would do things in a different way this time. He would not rule with tyranny, instead  he would rule with justice and heart. But never again he would run from his responsibilities, whatever they were; the atrocities of war or the passing of judgement. And never again would he be deceived.

This time he would finally wear the Crown of the Night and would be truly a Lord of Dawn and Dusk.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Four walls (Lyrics) part I.

The world isn't so beautiful from this side

but it is safer, safer than...

Running wild like we used to,

the life I miss and fear.

Where were you when I stepped off the road?

I was crying and hurt.

You wasn't near so they found me...

The pain, loneliness and hate.

All the things that cling on me when I breath,

Drowning me in plain air.

There are dreams in my head,

scratching all four walls.

Pushing me to the edge, and screaming in my ears:

Jump! Jump! Jump! and...

Jump! Jump and end it.









sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Sol e a Pequena Fada.

Dance pequena fada enquanto o sol ainda brilha. Não desperdice um segundo do dia com coisas tristes e medonhas.

Dance pequena fada enquanto ainda há tempo, pois logo o sol irá se por e não poderás ser criança.

Pequena fada, por quê parou de dançar? Não vê que logo os monstros sairão de suas tocas para te caçar?

Agora é tarde para retomar a dança minha fada. Já não és mais tão pequena assim.

Corre fada, eles estão quase a te alcançar e não mais serás minha.

Olha o que fizeram contigo... Não és mais pequena ou fada. De fato, já não és mais minha.

E agora o que será desta criatura, tão solitária, sem aquela que dançava para mim?

Será que algum dia terei novamente motivos para alvorecer?


The Prince of the Eternal Night, Prelude of a New Reign. I

"Will you rise now that everyone around have fallen? 

You, son of  Immortals, that have chose to live among the small. 

You denied your powers and responsibilities.

You thought that by slowly camouflaging with the weak those that seek your throne would be kept at bay, unknowing your whereabouts... but you were miserably wrong my boy.

During this slumber of yours the universe changed.  

Those once known as gods  are falling by their hands, faster than I pour tears. Our brothers and sisters are dying, while you are here, in this graveyard, mourning the death of the one responsible for all this.

I beg you, Lord of the Lords, rule the world once more and bring justice upon our enemies.
Command us in this war and forever, my Lord. 

And she shall be yours again.

Because she is alive."

And the Prince of The Eternal Night opened his eyes for another day.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Heróis, Loucos ou normais; Palavras que nos constituem.

Abro os olhos e logo perco um pedaço de mim. Qual pedaço eu não sei.

O que sei é que ele me definia. E se não o tenho mais, o que eu sou?

A busca constante por algo que não sei ao certo o que é, mas julgo ser a felicidade?

Ou sou a busca daquilo que me levará à morte?

Quem sabe, talvez, eu não esteja buscando ambos. Quem sabe ambos não sejam a mesma coisa?

A única certeza que tenho é que me enganaram e me roubaram.

Vim ao mundo nu e a grande diferença do agora para o passado é que sei que estou pelado.

E todos me olham e todos me constrangem. E a todos observo e a todos julgo.

Em pouco tempo me vejo dando a mão para mais um que ainda não abriu os olhos.

Faço a ele A oferta irrecusável que também me foi feita:
A inocência ou a vida.

Sem ter muito para onde correr, todos acabam tornando-se eternos perseguidores de si mesmos.

Ou melhor, quase todos; os poucos que resistem são os Heróis (Ou vilões) e os Loucos.

Livres ou quase livres das amarras que nos prendem à este cotidiano frustrante e ao mesmo tempo nos dão condições de voar mais longe que qualquer pássaro. Fantasias e mais fantasias.

Será que eles vivem em mundos distantes ou será que eles simplesmente não sonham?

Quem sabe um dia, quando eu voltar a fechar meus olhos, eu descubra.

Quem sabe, na próxima vez... Eu lute e vença.


segunda-feira, 20 de junho de 2016

Cortes e Recortes. Fragmentos soltos de Contos aleatórios. I

Cortes e Recortes. Fragmentos soltos de Contos aleatórios

"Nesses anos, enquanto eu corria atrás de vestígios da sua presença, nos mais distintos lugares, eu encontrei pessoas que me marcaram. Pessoas que, me arrisco a dizer, por mais rápido que tenham passado pela minha minha vida, deixarão saudades. Porém, mesmo tendo encontrado tantas figuras fabulosas e peculiares eu não deixava de te procurar, sempre retornando à estrada.

                                               ~Silêncio e troca desconfortável de olhares~

Eu achava que o dia em que você partiu fosse o dia mais triste da minha vida. Eu estava enganado.
Agora, olhando nos seus olhos, eu tenho a certeza que hoje é o pior dia da minha vida, pois não tenho mais o conforto que a esperança, de que você ainda me amava, me fornecia. 

Compelido a enfrentar a dura realidade que mantive suspensa por quase três anos eu chego a conclusão de que não saberei se sou mais feliz agora que nossa desventura de amor chegou ao fim. Só o tempo e todas as coisas ele traz consigo poderão dar sentido a dor que sinto."




sábado, 18 de junho de 2016

Contos de Airehte. Fragmento VI. Fantasia

Pensou em se esgueirar silenciosamente até os dois, mas não existiam troncos posicionados numa distância plausível dos alvos e que servissem de cobertura para sua ação sorrateira. Teria que faze-los se movimentar pela clareira, mas estava sem dispositivos arcanos. Só restava ao arcano lançar mão das artes para agita-los e criar uma abertura. Porém, depois de meditar um pouco sobre a dificuldade do plano inicial, chegou a uma solução diferente: usaria os troncos para, ao queima-los, produzir fumaça que dificultasse a visibilidade dos dois soldados. Não precisava fazer com que se movimentassem, podia se aproximar sem ser notado e dar o bote.

Não podia entregar sua posição, logo não poderia usar arcanas de longa distância; não queria correr o risco dos dois perceberem bolas de fogo cruzando os vãos entre os troncos. Agitaria as partículas de fogo ao redor dos restos de árvore para fazer com que entrassem em combustão. Fechou os olhos e mentalizou a clareira. Mudou seu foco para os troncos espalhados ao redor dos dois alvos e, facilmente, trouxe a tona lembranças referentes à ação do fogo sobre as coisas. Entretanto, o prazer obscuro que o mestiço sentia em incendiar seus alvos nas batalhas começava a tomar conta dele. Afastou a nostalgia rapidamente. Não podia perder a medida da vibração que criava; não era seu intuito explodir a clareira num frenesi piromaníaco. Tinha que manter o controle. Não demorou muito e abriu os olhos dando o comando: "Queime". Assim que o fez chamas romperam das fendas nos troncos e fumaça começou a povoar a clareira que cada vez mais se assemelhava a um campo de batalha.

(Continua)

Musiquinha de sábado ( falta título)

Quando entreguei o meu coração à você fiquei tranquilo.

Ele está mais seguro com você  do que comigo, foi o que pensei.

Por isso quando  deu a partida... E o jogou pela janela que nem bituca eu chorei.

Mas mesmo assim, no meio da noite, você me vem..

E como desejo que toque mais uma vez com essas mãos que me conhecem tão bem.

O amor/ não há rancor/ no calor de dois corpos que sentem a falta de ser um.


quarta-feira, 15 de junho de 2016

Contos de Airehte. Fragmento V. Fantasia.

Pela inquietação deles e a forma pela qual o garoto adentrou a clareira o espião percebeu que eles não tinham a capacidade de localiza-lo pelo método das vibrações; eram incapazes de sentir sua essência ecoando na natureza. Marue'Nir concluiu que eles estavam sendo utilizados como peões a serem sacrificados. O líder dos soldados estava, provavelmente a espreita, no aguardo de uma brecha oportuna na defesa do espião e usava os coitados como distração. Mesmo sabendo disso, Marue não podia se arriscar numa tentativa de aproximação amigável; acabara de matar um aliado dos dois sobreviventes na frente deles e não sabia qual o grau de afinidade eles tinham entre si.

O arcano chegou a conclusão de que tinha três opções: Podia tentar fugir sem terminar a matança que começou. Para ele seria simples despistar o velho e a mulher, mas o que o impedia de dar seguimento imediato ao plano era o sumiço misterioso do líder do bando. Era provável que da mesma forma que armou para que os soldados não escapassem o comandante tivesse feito o mesmo pensando nele. A outra era eliminar com os dois soldados restantes e chamar o último perseguidor para o combate corpo-a-corpo ali mesmo na clareira. E a terceira opção era coagir um dos sobreviventes de forma a receber deste informações referentes ao tal líder. Deixa-lo viver ou elimina-lo seria uma escolha que dependeria de como o sobrevivente se portasse.

Entretanto só precisaria de um sobrevivente e a probabilidade de sucesso do plano dependeria de quanto este sentisse que sua vida estava em risco. Sem titubear escolheu o velho como sua última vítima. Agora só restava pensar como mata-lo se expondo ao mínimo a ataques de terceiros.

(Continua)

Contos de Airehte. Fragmento IV. Fantasia.

Não teve que esperar muito. Ouviu o barulho de pessoas descendo de suas montarias pouco tempo depois de se posicionar num dos galhos mais altos e escondidos da árvore. Poucos instantes se passaram até que escutou o grito de uma das vítimas de suas armadilhas e em sequência a correria dos sobreviventes das minas. Não perdeu tempo e detonou as duas primeiras levas de bombas de vapor. A partir daí tudo ocorreu como planejará: Sem ter para onde ir, os sobreviventes seguiram pelo corredor livre de vapor e acabaram detonando as granadas de estilhaços ao esbarrarem nos fios que as conectavam. Mais mortos em questão de segundos. Os últimos perseguidores foram pelo caminho que sobrará e chegaram até a área central do perímetro de Marue. No total sobraram três: Uma mulher e dois homens; um rapaz e um veterano da Guarda, presumiu o mestiço. Dois vieram do corredor esquerdo e um do corredor direito.

Antes que o sobrevivente solitário do lado direito conseguisse se unir aos demais Marue'Nir se aproveitou da distração dele ao vê-los, apontou para ele uma flecha e disparou. A flecha perfurou o pescoço do jovem soldado e ficou atravessada, enquanto o pobre coitado caí no chão e se afogava no próprio sangue. Sangue que escorria em abundância do ferimento. A mulher demorou alguns segundos, mas percebeu de onde a flecha tinha vindo e rapidamente arremessou uma granada de raios; eles o queriam vivo. Queimado, mas vivo. Entretanto, o Arcano não esperou em cima da árvore a reação dos que estavam no chão. Assim que disparou a flecha desceu do galho em que estava e escondeu-se atrás de um dos troncos caídos. Não precisava se certificar que acertara o garoto. A demora da mulher fora suficiente para que pudesse se esconder sem ser visto. Não queria ir para a luta corpo-a-corpo com eles. Seria mais rápido, mas desde que os soldados adentraram a floresta Marue não sentia a presença de seu líder e não queria  dar uma possível abertura para um ataque que, sem dúvidas, seria fatal.




terça-feira, 14 de junho de 2016

Twenty one years

Twenty one years of revolution tonight, I don't know if I am going to bed or jail.

My mind is a battleground where good and evil are one and the same.

I feel like I am breaking apart.

There is no way to know if this is the right road to take,

The only certainty is that I'm a walking past in love with an airborne future.

I smile while I cry but I am no sadistic ,

I'm just your usual child in the body of an adult.

Begging not be thrown in an dark alley or abandoned road.





Her answer.


"I don't want just your false smile or your theatrical moans.

I want the pain, the tears and blood. Not only the doll, give me the soul too.

I want everything you unchain when you hide in your panic room.

I want the one your are when you take for a mother another prostitute.

Call me whatever you want; libertine or impure. I prefer to keep living this way rather than die pretending to be "good".

I love and adore everything about you"

That was what I said.
So, why did you leave again?

I went out to search for you, seeing if I could find your moans, sweat and love in others mouths, skins and beds.

But I couldn't. I knew from the beginning; you were dead.

And so, I kept walking through the alleys after midnight. A bottle of cheap wine on one hand and my ill heart on the other.

Forgetting names, faces and the warmth of those that made me company in the cold nights of winter in your absence.

All this long time of suffering, with a few moments of joy, to find you drugged and numb in the darkest of all the sad alleys I have walked through.

Looking into your eyes the same way I did on the night we met, Right here, right now I ask you one last time: Have you find it away from me? Have You found freedom?

Poem of a Love story.

- I looked to the skies, hoping my wishes would stick to the clouds.

I walked through the land only to realize some mountains are not meant to be climbed.

I travelled to a faraway garden to find a piece of your beauty, since you left me without any memory of our love History. -

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Between Stations. Música. Lyrics.

Between Stations 
 Another day, the same hour, at someplace between the stations.
Sitting side-by-side with some strangers.
But yet I feel, in the air, That kind of thing That seems to happen only on first dates.
Perhaps I am just feeling blue, I’m not too sure and you know why.
'Cause Love isn’t an perfect equation and so are the results of our fights.
Maybe i am just confused about everything, and
I miss you so much that 
makes me anxious to
meet you again like the old days.
Will we meet again like the old days?


I look at the Big Clock it’s already seven ( only three hours more ) but
my Sun refuses to go down.( And I don’t know why) 2x


The stars fight each other trying to decide whom light is brighter but mine is the highest in the sky.
And I look again at the Clock it is finally Ten. I can’t hold myself anymore .
I miss you Love.
So I’m getting on the bus, face the road and dream about
waking up by your side tomorrow.
So I’m getting on the bus, face the road and dream about waking up by your side.

domingo, 12 de junho de 2016

Contos de Airehte. Fragmento III.Fantasia.

Continuou pela trilha até avistar uma parte da floresta, a esquerda, que lhe daria certa vantagem na batalha que estava por vir. Como enfrentaria sozinho um grupo de nove, de acordo com o número de vibrações que sentia, precisava ter a vantagem do terreno: O embate deveria ocorrer onde as árvores estivessem espaçadas de forma que favorecessem sua movimentação e atrapalhassem a coordenação e percepção de seus inimigos.

Desceu de sua montaria e com o assobio adequado sinalizou que ela deveria seguir em frente a todo vapor. Caso a luta durasse mais que o esperado talvez avistassem a montaria com o manto da Frente de Libertação e a notícia chegaria, em tempo "hábil", até as forças estacionadas na vila fronteiriça com a floresta. Entretanto, Marue'Nir sabia que mesmo sem guia e carga sua montaria não cruzaria a frontreira da floresta em menos de vinte minutos, logo não poderia contar com ajuda em um período de pelo menos quarenta minutos, sendo otimista. Mas isso não o tirava a concentração; aquilo tudo estava mais para hipótese que um plano propriamente dito.

Abriu as duas malas e separou os dispositivos que utilizaria. Como contou na estalagem, quando descobriu que estavam em seu encalço, tinha trinta e duas bombas sensíveis de vapor, seis minas de estalagmite, doze granadas de estilhaços e um ruptor, sendo que este último guardaria para o líder.  Calculou que ainda restavam cerca de cinco minutos até que o grupo chegasse no ponto da estrada em que parou. Sem encobrir direito as pegadas que deixava e sem perder mais tempo, adentrou a floresta e espalhou estrategicamente entre as raízes das primeiras árvores paralelas a estrada bombas sensíveis de vapor, que só explodiriam com sua ativação pelo próprio Marue. Em seguida colocou quatro minas de estalagmite entre algumas árvores aproximadamente vinte e cinco metros da estrada e ao lado destas colocou uma série de bombas de vapor que impediriam que os grupo seguisse em frente.

Queria poder usar algo mais "quente", o que favoreceria sua Arte Arcana, mas não queria iniciar um incêndio e atrair a atenção de mais criaturas hostis. Os habitantes da floresta protegiam-na desde dos tempos dos Governantes da Noite e o espião não pretendia se tornar alvo da fúria de tais criaturas.
De fato, teria grandes dificuldades caso aquela luta fosse elevada para um embate entre Arcanos. Aquele era o pior lugar para um mestiço de fogo que não sabia seu elemento par. Caso esse cenário virasse realidade Marue estaria em grande desvantagem. Ele precisava fazer o melhor uso possível de seus dispositivos arcanos e com eles eliminar ou incapacitar os oito mais fracos. Pelo tamanho das vibrações deveriam ser simples soldados com domínio básica de Arcanas de combate; o suficiente para nocautear camponeses ou arcanos iniciantes exaltados, mas não um conhecedor do quarto círculo como Marue. 

Colocou algumas granadas de estilhaços nas fendas das cascas de algumas árvores que margeavam as rotas que seriam usadas por aqueles que tentariam escapar do vapor das bombas e as minas, cujo o numero eles não desejavam conferir. Não podendo voltar e muito menos seguir em linha reta, seriam forçados a correr para as rotas  diagonais onde as granadas incapacitariam, na contagem do fugitivo, ao menos mais três soldados. Os sobreviventes destas duas ondas de ataques, já atordoados, seriam direcionados para a zona central do perímetro montado por Marue'Nir. As bombas restantes fariam esse papel impedindo que se dispersassem entre as árvores. No meio desta zona está uma clareira onde uma única árvore permanecia de pé. As demais e seus fragmentos estavam deitadas no chão no que parecia o resultado de um embate entre dois animais ou monstros. Não havia carcaça para se identificar a espécie e o espião estipulou que fossem encouraçados machos.

Seria nesta clareira que o mestiço iria enfrentar diretamente aqueles que tentavam captura-lo. Enquanto isso, esperaria na copa daquela árvore solitária o iniciar e cessar dos gritos de seus inimigos. 

(Continua)

  

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Verônica narra. Primeiro Fragmento. Adulto.

Nunca deixavam eu ficar acordada depois da meia-noite. Raramente deixavam eu ficar na sala até onze e pouco, geralmente quando tinha algum tipo de visita e olhe lá.
Quando me forçavam a ir deitar eu não aceitava calada e desatava a perguntar o porquê. Nem sempre recebia uma resposta, quase sempre um olhar fulminante daqueles que os pais não dão mais, mas quando recebia eram sempre as mesmas: " A madrugada não é pra criança." ou "Isso não são horas de criança estar acordada" ou então era a tal hora da bruxa.
Agora, que eu vivo mais na madrugada que quando há luz do sol, eu sei verdadeiro motivo: Rola muita merda enquanto os "cidadãos de bem" dormem. Ou melhor, fingem que dormem. Já vi e peguei muito mauricinho que paga de bom moço mas que adora uma boa putaria com garota de programa. Alguns nem tiram as alianças.
Mas não é o tipo de sacanagem que você escuta vindo do quarto do vizinho ou dos seus pais quando eles acham que você está dormindo. É putaria pesada. É nas primeiras horas do dia que as pessoas soltam o que há de mais íntimo e que sentem mais vergonha. Vergonha que passa na primeira estocada. Ou no primeiro tapa.

(Continua)

Contos de Airehte. Fragmento II. Fantasia.

O fato do perseguidor não ocultar sua presença na caçada indicava duas coisas: Ele acreditava piamente que, de qualquer forma, o resultado daquela perseguição seria favorável  à ele ou ele sabia, por mais que o mestiço tentasse abafar o ruído da sua presença, exatamente onde estava seu alvo. Porém,  Marue'Nir começava a perceber que uma terceira possibilidade estava claramente se apresentando como o que realmente estava acontecendo: eram ambas a coisas. A saída da floresta mais próxima à algum lugar protegido por forças aliadas da Frente de Libertação e Resistência ainda estava quilômetros dali e a opção que um fugitivo experiente, sozinho e com conhecimento da área escolheria era a de se esconder na floresta para despistar seus perseguidores e vagarosamente dirigir-se à saída sem retomar a trilha principal, desviando de Terrores, monstros e espíritos hostis. Uma alternativa necessária, porém, muitas vezes mais perigosa que enfrentar os inimigos.

Agora, pelo referencial do perseguidor, sabendo do destino do alvo e da referente distância logo presumiria que a tentativa de o despistar era a escolha mais provável da presa. Logo permanecer tão oculto quanto o alvo era um pré-requisito para o sucesso da missão naquele ponto. Ao não faze-lo, aquele caçador misterioso mandava uma mensagem à Marue. E a mensagem era clara: " Eu sei onde você está".

Sendo assim,  ao jovem fugitivo só restava uma escolha: enfrentar a coisa e os demais que o perseguiam, na esperança que a convicção do causador daquela vibração e sua própria sensibilidade estivessem equivocadas. Mesmo que os anos de espionagem sussurrassem em sua mente que ele não estava errado.

(Continua)

Contos de Airehte. Fragmento inicial. Fantasia.

Marue' Nir  sabia que estavam quase o alcançando. Também sabia que não podia exigir mais de sua montaria numa trilha tão irregular e esquecida no meio da floresta. Especialmente naquela floresta. Tivera sorte, de certa forma, que o único perigo a ameaça-lo naquele momento era um perigo conhecido e esperado. Enuin Haziferr guardava muito males conhecidos pelos povos de Airehte mas os que realmente marcavam presença nos piores cenários imaginados pelo mestiço velado de fogo, desde que decidira entrar na floresta maldita para fugir, eram aqueles conhecidos apenas pelos poucos que se atreviam andar pelas trevas mais densas deste mundo. Pessoas como ele e pelo menos um de seus perseguidores.

Ele podia sentir que quem quer que estivesse liderando aquela busca por ele não pertencia à mesma liga dos demais que o acompanhavam. Ao contrário de Marue, o líder dos que estavam em seus encalço não fazia esforço algum para reduzir o ruído. Aliás, o reverberar da presença dele parecia mais um grito doloroso que apenas um ruído. Algo quase inumano; algo que se assemelhava com os terrores secretos de Haziferr.

(Continua)






quinta-feira, 9 de junho de 2016

Fragmentos de idéias. Casal sob a árvore.

"Folhas, chuva, terra molhada, a árvore cuja sob a copa tomamos refúgio da tormenta. Esqueço de tudo enquanto, admirado, percebo cada gota dágua que você espalha pelo ar entre nós quando teatralmente mexe em seu cabelo.

A sua pele, surpreendentemente quente e macia, ao tocar meu braço me faz sentir o propósito da vida. E os seus olhos risonhos ao constatar que meus óculos estavam completamente embaçados só perdiam em beleza para seu sorriso inquisidor.

O tempo era indiferente à nós: não andava e não corria; era como se não existisse. Ali sob aquela árvore, éramos tudo. Éramos partícula e éramos universo. E cada fibra de nossos corpos estremecia enquanto nossos rostos, numa moção inevitável, aproximavam-se vagarosamente.

Então é chegada a hora do encontro do almas que antecede a realização do desejo da carne; a última troca de olhares antecedente à união de lábios.

Nos beijamos e nos abraçamos fervorosamente, porém com nuances de parcimônia, como se o ato fosse uma chama numa noite de frio; nos aproximamos com as mãos esticadas até o ponto em que queimamos as pontas dos dedos, então nos afastamos da fonte de nossa satisfação apenas para recomeçar o bailar da dor e do prazer. Uma dança tão perigosa quanto o das labaredas num incêndio.

No interior de nossos corpos desejos em ebulição aquecem nosso sangue e provocam as mais intensas emoções.
A roupa molhada já não é mais a causa dos meus arrepios. Muito menos os dos seus."

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Walking down the street of Shame.

I look to both my hands while I walk down the street of shame.

It's raining now but I don't care about keeping warm anymore.

Heat is like a dose of morphine to an everlasting pain to me,

Just answering a lie with more lies, you see?

I look around hoping to find a safe place to my Dreams.

But all fortresses are made of fragile glass-like material.

I want to cry, want to cry so hard. But there is no water in me.

The blood in my veins became dust the moment I have forsaken Thee.

There is no hero to save lost souls that threw away life so easily. That's all a lie, that's all a lie, I'm a little innocent lie. 2x

terça-feira, 7 de junho de 2016

Olhos de Verônica

Eu A Vi Dançar Uma Só Vez, Mas Foi O Suficiente Para Me Apaixonar. Quando Ficamos A Sós Perguntei Seu Nome. Ela Respondeu, Enquanto Desabotoava A Camisa Social Branca Masculina, Unica Coisa Que Usava Além Do Biquíne. Disse Que Se Chamava Verônica. Então Ela Sentou No Meu Colo E Eu Olhei Fundo Em Seus Olhos. Uma Troca De Olhares Que Mal Durou Quatro Segundos, Mas Foi O Suficiente. Ela Se Levantou, Pegou A Blusa E Partiu Em Silêncio. Eu Não Entendi Na Hora. Corri Atrás Dela, Mas Ela Não Estava Mais Na Casa. Perguntei Por Ela, Mas As Outras Meninas Disseram Que Nenhuma Verônica Trabalhava Ali, e o Gerente Do Lugar Confirmou.
Até Hoje Eu Não Esqueço Aqueles Olhos Azuis. Olhos De Verônica.

Alimentando a máquina dos sonhos

Alimentando a máquina dos sonhos.

Distante do passado e atrasado para o futuro,
Poucas certezas e muitas dúvidas.
Assim vou levando uma vida cheia de rabiscos coloridos num caderno de capa dura.

Anseios de adolescente e planos de um visionário,
Não tenho diário e nem fotos espalhadas pelo quarto,
Mas guardo em minha mente uma música para cada ato.

Vivo de histórias sem vilões ou grande audiência,
A cada noite viajo para um novo planeta,
Não ando, corro sonhos por segundo.

Realidade já não basta e as noites são curtas demais,
O mundo é perigoso, é isso que dizem nos jornais,
Sair de casa pode ser fatal.

O pensador era o louco alguns anos atrás,
Agora os loucos são os intelectuais,
Me pergunto se andar de jeans rasgado ainda está na moda.

Então prefiro ficar quieto no meu quarto,
Alimentando minha máquina dos sonhos
Com os sucessos do passado,
Em busca de um amanhã pelo qual valha se arriscar.

Carta ao Titereiro

Carta ao Titereiro. 

Ando por uma estrada qualquer à noite.

O vento toca gentilmente a minha face e sussurra palavras até então confusas em minha mente.

Sou aquele que repousa sob a sombra da Árvore entre as ruínas e escombros do Tempo.

Fui o menino que sonhou e serei o velho que lembrará, mas acima de tudo sou o homem que sonha, lembra e vive a ilusão das decisões e suas falsas consequências.

Mas não interprete erroneamente as minhas palavras; sou o que sou e sei o que sou.

Disto isto, aqui está a marionete feita a Tua imagem, hora implorando para que retome o controle e em outras para que me abandone à sorte.

E mesmo assim choro.

Ainda assim choro lágrimas de Verdade.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

To Be/ Ser

(To be)

Hey,

You.

Why are you running?

Don't you know that they will reach out to you wherever you go?

They will catch you.

Be it from the shadows of your foots,

Or sticking out their arms from the pools you leave on the ground when you cry.

The ground you curse and love,
The ground you curse and love.

Drowning you into the ocean that is your desire.. Your desire... Your desire.. To be.

Don't run! Don't run! Stand your Ground!
Stand your Ground! Fight! Fight! Fight!

Don't let them burn Jeanne d'Arc again.
Don't let them crucify Jesus Again.
Don't let them rape Justice again.

Why do good people still suffer?
Are we evil? Are we evil?

Why do we hurt the ones we love?
Are we evil? Are we evil?

What did we throw away to believe we're free?
Why did we throw away the freedom we were born with?

What do we desire now? Tell me!
What do you desire now? Is it to be Free?

Or be enchained?

What are you running from?

Do you know?

Who are you running from?

Do you see yourself in the eyes of the hunter?

Predator and prey, yes, both you are..
Murder and victim. Perpetual pain; Perpetual joy.

Stop looking away and fight fire with fire.
You are the sun, King, Queen and rain.

Set your doubts ablaze and let your eyes, ears and hands feel the air of freedom once more.

Hey,

You.
Breath.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Fendas

Eu tenho me cortado e aprendi a gostar disso.

Uso minhas lágrimas como remédio e, como um viciado em morfina, preciso de doses cada vez maiores para aplacar a dor.

E quando elas me faltam vou em busca de quem possa chorar por mim.

O meu calor escapa pelas fendas que abro em minha própria carne. Por isso me aqueço nos braços de quem conhece o sinto que frio.

Assim vou vivendo a distância. E assim vou sobrevivendo a distância entre o meu corpo, triste e gélido, e onde repousa o meu coração.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Série - "As coisas que não digo para você" I

Trecho de " As coisas que não digo para você"

"Quando olho nos teus olhos viajo no tempo e revivo o nosso primeiro beijo. Assim passa, um pouco, a dor de saber que o de ontem foi o último... Assim que você desvia o olhar eu volto para o presente e percebo o quanto era feliz ao seu lado, e como fui burro em estragar esse nosso sentimento com coisas pequenas. Coisas da minha cabeça.
Já sofri por terminar um namoro, mas não tinha ideia de como dói terminar um sonho que estava se realizando.
Eu ainda amo você e sei que você ainda me ama. Mas não é só de amor que um relacionamento se nutri e se mantém. E eu aprendi a lição da pior maneira.
Volto para os dias felizes toda noite quando penso em nós dois."

Passagens - O Arquiteto

"Deixem que as coisas que andam, andar; As coisas que nadam, nadar; As coisas que voam, voar; Deixem os que Amam, amar, de todas as formas possíveis, inconcebíveis e impossíveis. Deixe-os amar loucamente."

O Arquiteto, "Triologias"

Série Verônica

Verônica

Acordei de manhã e ela já não estava lá. Pensei; “ Ela deve ter ido na padaria outra vez.” Mas eu sabia que tinha algo diferente no ar naquele dia; Uma ausência.

Levantei de um salto, que nem no primeiro dia que dormimos juntos, corri a casa toda outra vez, peguei a chave do carro e fui em direção a porta, então parei. Olhei para o pequeno objeto que estava jogado no chão, que nem correspondência. Uma única chave sem chaveiro; A chave que eu tinha dado à ela.

Quem sabe eu deva correr atrás dela? Não, já fiz isso muitas vezes, por muito tempo. Não adianta pedir para alguém ficar quando ela já cruzou a porta. Eu sabia que ela poderia sair da minha vida da mesma forma como entrou. E mesmo assim eu quis arriscar.

Fiquei olhando aquela porta sem saber o que fazer por uns quatro minutos, então saí de casa. Não para ir atrás dela, mas para pensar; Pensar em tudo que vivemos aqueles meses.

Acabei por encontrar Lívia, ela estava correndo pelo calçadão como fazia todas as manhãs. Ela parou e começamos a conversar.

Contei o que tinha acontecido e ela me disse que as vezes a vida nos dá aquilo que precisamos no momento certo e nos tira quando aprendemos a superar os obstáculos sozinhos. E que o mesmo acontece com as pessoas.

Eu pensei “ Ela podia ter dito que ela ia voltar.”

Algumas vezes as mentiras são tudo que precisamos ouvir.

Parto dali sem dizer adeus.

Parto dali decidido a encontrar Verônica, uma última vez.

Alex, em "Verônica"