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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Contos de Airehte. Fragmento II. Fantasia.

O fato do perseguidor não ocultar sua presença na caçada indicava duas coisas: Ele acreditava piamente que, de qualquer forma, o resultado daquela perseguição seria favorável  à ele ou ele sabia, por mais que o mestiço tentasse abafar o ruído da sua presença, exatamente onde estava seu alvo. Porém,  Marue'Nir começava a perceber que uma terceira possibilidade estava claramente se apresentando como o que realmente estava acontecendo: eram ambas a coisas. A saída da floresta mais próxima à algum lugar protegido por forças aliadas da Frente de Libertação e Resistência ainda estava quilômetros dali e a opção que um fugitivo experiente, sozinho e com conhecimento da área escolheria era a de se esconder na floresta para despistar seus perseguidores e vagarosamente dirigir-se à saída sem retomar a trilha principal, desviando de Terrores, monstros e espíritos hostis. Uma alternativa necessária, porém, muitas vezes mais perigosa que enfrentar os inimigos.

Agora, pelo referencial do perseguidor, sabendo do destino do alvo e da referente distância logo presumiria que a tentativa de o despistar era a escolha mais provável da presa. Logo permanecer tão oculto quanto o alvo era um pré-requisito para o sucesso da missão naquele ponto. Ao não faze-lo, aquele caçador misterioso mandava uma mensagem à Marue. E a mensagem era clara: " Eu sei onde você está".

Sendo assim,  ao jovem fugitivo só restava uma escolha: enfrentar a coisa e os demais que o perseguiam, na esperança que a convicção do causador daquela vibração e sua própria sensibilidade estivessem equivocadas. Mesmo que os anos de espionagem sussurrassem em sua mente que ele não estava errado.

(Continua)

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