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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Carta ao homem que me imita. Poesia.

Sei que, enquanto se joga nos braços gélidos de outra alma carente em uma praia sombria e sem nome, você usa desesperadamente suas alucinações como escada de incêndio. Tentando fugir do fogo que você mesmo começou.

Mas é tarde demais. A luz da lua incidindo sobre seus corpos nus revela todas as cicatrizes e feridas de sua alma.

Ainda assim, a esperança respira, seu coração bate e você vive.

Por isso lhe digo, homem que me imita:

Não substitua a manhã e o por do sol pelo ranger das engrenagens de um relógio vagabundo.

Nem o brilho das estrelas pela ponta incandescente de um cigarro entre as pedras da solidão.

Pois vejo em seus olhos o mesmo desencanto que vi em olhos refletidos num espelho embaçado de motel anos atrás.

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