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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Contos de Airehte. Fragmento VII. Fantasia

Nos primeiros momentos os dois soldados permaneceram onde estavam, mas logo deduziram que eram alvos fáceis mantendo aquela posição e que a fumaça servia apenas para facilitar o objetivo de seu oponente. Entretanto a mulher fez algo que Marue não esperava: Com as mãos unidas, juntou as pontas dos anelares dobrados e esticou os dedos indicadores, também unidos. Este gesto era conhecido muito bem pelo Arcano que já tinha enfrentado diversos de seus conhecedores; os Arcanos de Terra. Em seguida sentou,fincou os dedos indicadores no solo e em pouquíssimo tempo paredes de terra dura foram erguidas na frente dos dois sobreviventes, impedindo a visão de Marue'Nir.

"Eles querem fugir pela floresta!" pensou o mestiço, que logo saiu de trás do tronco que usava como base. Correu em direção ao centro da clareira enquanto projetava esferas de fogo das chamas dos demais troncos e as disparava contra as árvores atrás da parede de terra. As árvores que entraram em combustão formarão um paredão de fogo e pelo seu cálculo eles não tiveram tempo de chegar até o restante da floresta. Marue não queria causar um incêndio mas não podia se arriscar numa caçada sendo que ele ainda podia estar sendo caçado.

Porém, por não terem desistido de seu objetivo inicial ou por perceberem que tinham entrado num embate de vida ou morte, os soldados não criaram aquela barreira toda para terem uma chance de escapar mas sim para tirarem o espião de sua base e terem a chance de ataca-lo no corpo a corpo; eles usariam da fumaça e as táticas de guerrilha do fugitivo contra ele.

Assim que Marue chegou perto da barreira de terra a sessão dela a sua frente explodiu e seus pedaços foram todos em sua direção; a soldado utilizara a arcana da propulsão de rochas  para feri-lo com os fragmentos da barreira. O mestiço só teve tempo de proteger o rosto e peito com os braços. Assim que o fez escutou a mulher gritando: " Agora Orcil!". O velho tinha subido numa plataforma de terra que superava a altura das primeira barreiras e ao som do comando de sua companheira pulou de lá com a espada de duas mãos erguidas sobre a cabeça. Marue'nir conseguiu desviar da espada do velho, por muito pouco, ao se jogar para a esquerda; o chão onde esteve segundos antes ficou completamente raçado com o impacto do golpe do soldado mais experiente. Entretanto, ela estava esperando esta esquiva de Marue'Nir e já tinha calculado o trajeto que o mesmo faria. Quando este se ergueu  a soldado desferiu um golpe de adaga visando o pescoço do fugitivo; golpe que não acertou o alvo. 

No momento que se levantou, e a adaga da mulher já estava na trajetória de seus pescoço, o arcano impulsionou seu braço esquerdo conjurando e disparando uma esfera de fogo contra o chão. A arcana deu velocidade suficiente ao movimento do mestiço que interceptou a adaga da mulher. Entretanto, a força do impacto foi o suficiente para quebrar seu braço, que só não foi decepado a meia altura do ante-braço pelas manoplas que o mesmo estava usando. Aproveitando a força que o impacto do golpe sofrido proporcionou o mestiço realizou um chute giratório que pegou em cheio a mulher na altura das costelas. Pega de surpresa pela contra-medida adotada pelo espião a soldado recebeu o golpe sem defesa alguma e caiu no chão, se contorcendo de dor. provavelmente alguma costela foi quebrada.

(Continua)


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