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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Ausências

Ausências.
Não preciso de um juiz mas sim de um cúmplice confesso.
Você entende que o silêncio, agora, não é falta de palavras mas sim necessidade.
Então olha em meus olhos e me conforta.
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O meu crime é o amar e por ele já cumpri mais de uma pena.
E da minha vida de bandido não tenho arrependimentos.
Sou enganador da minha própria inocência.
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[Sofri e dei gargalhadas, do sertão d'Alma brotaram lágrimas.
De migalhas sem tamanho vivi e por pequena felicidade morri.] 2x
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Em você eu via o futuro, sono com sonhos e conversas sem frescuras.
À noite eu nem ligava a televisão.
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Agora meus segundos não têm emoção e os meus sentimentos passam em duas estações.
Ou sinto tudo; ou eu sinto nada.
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Em testamento deixo para você nossas lembranças.
Minha ausência eterna na cama.
A saudade é cortesia da casa, já o gostinho amargo na boca é por sua conta.
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[Sofri e dei gargalhadas, do sertão d'Alma brotaram lágrimas.
De migalhas sem tamanho vivi e por pequena felicidade morri.] 3x

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