Abro os olhos e logo perco um pedaço de mim. Qual pedaço eu não sei.
O que sei é que ele me definia. E se não o tenho mais, o que eu sou?
A busca constante por algo que não sei ao certo o que é, mas julgo ser a felicidade?
Ou sou a busca daquilo que me levará à morte?
Quem sabe, talvez, eu não esteja buscando ambos. Quem sabe ambos não sejam a mesma coisa?
A única certeza que tenho é que me enganaram e me roubaram.
Vim ao mundo nu e a grande diferença do agora para o passado é que sei que estou pelado.
E todos me olham e todos me constrangem. E a todos observo e a todos julgo.
Em pouco tempo me vejo dando a mão para mais um que ainda não abriu os olhos.
Faço a ele A oferta irrecusável que também me foi feita:
A inocência ou a vida.
Sem ter muito para onde correr, todos acabam tornando-se eternos perseguidores de si mesmos.
Ou melhor, quase todos; os poucos que resistem são os Heróis (Ou vilões) e os Loucos.
Livres ou quase livres das amarras que nos prendem à este cotidiano frustrante e ao mesmo tempo nos dão condições de voar mais longe que qualquer pássaro. Fantasias e mais fantasias.
Será que eles vivem em mundos distantes ou será que eles simplesmente não sonham?
Quem sabe um dia, quando eu voltar a fechar meus olhos, eu descubra.
Quem sabe, na próxima vez... Eu lute e vença.
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