Eu tenho me cortado e aprendi a gostar disso.
Uso minhas lágrimas como remédio e, como um viciado em morfina, preciso de doses cada vez maiores para aplacar a dor.
E quando elas me faltam vou em busca de quem possa chorar por mim.
O meu calor escapa pelas fendas que abro em minha própria carne. Por isso me aqueço nos braços de quem conhece o sinto que frio.
Assim vou vivendo a distância. E assim vou sobrevivendo a distância entre o meu corpo, triste e gélido, e onde repousa o meu coração.
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