São turbilhões de pensamentos que se transformam em sonhos.
Sonhos que me levam ao além-céu e de onde, em festa, não caibo em mim e explodo em chuva.
Em gotas, eu precipito ao chão frio de uma realidade sombria.
Mas, mesmo aqui, há magia; há folclore; há mito.
Ainda sou eu, mas não estou mais em mim.
Fui um, mas não era inteiro.
Fui partícula, mas não era mundo.
Como chuva que namora a terra vejo, agora, que não há dilema:
Sou ciclo.
Sou fluxo.
Gotas e terra passam a ser sementes. Sementes que drenam a magia do passado em busca de forças no presente.
Não sou partícula e nem sou mundo; nem um ou muitos. Sou semente, árvore e floresta; Sou plural.
Sou multi-verso; infinito de pontas soltas que esperam ansiosamente a oportunidade de deixarem de ser pontas e virarem pontes.
Caminhos que me levam ao desconhecido dentro de mim e que percorrem o Outro.
Não estou ou estarei em qualquer lugar;
Não em um lugar qualquer, ao menos.
Toda estadia tem seu valor.
Sou livre: sempre viajando, sempre andando... Sou um com o Vento.
Eu sou o Andarilho do Vento.
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