Você não sabe
o que causa em mim
cada sílaba que escorre por entre teus lábios
Como mel
Você supõe que eu aguento
O teu olhar calado.
Não é verdade
Me incomoda o ruído dos pensamentos.
Não, não é a dor que pesa o meu peito
Ou quando põe contra mim o bom senso
Nem as noites em claro
e sim o áspero toque do teu silêncio
Pois, quando estamos deitados, seus olhos gritam
Mas não me dirigem a palavra.
E assim, com fonte a fechada,
Não provo teu mel
E nem ouço teus olhos,
Nem vejo algo que remeta ao amor,
À dor
Ou a graça
De quando nos tocávamos.
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