Sinto o vento acariciar cada poro do meu franzino corpo.
Ele traz consigo as cores e seus infinitos tons, pintando esta imensa tela branca chamada de vida com sentimentos sutis e díspares.
Assim como as palavras, cujo o significado depende não só da boca que fala mas também do momento, é difícil entender o vento.
Algumas vezes parece que me joga de um lado pro outro, outras me embala o sono como uma mãe gentil.
Apesar disso tudo, eu tenho carinho por ele. Assim como eu, parece estar numa constante metamorfose; brisa, tempestade, frio, calor, direção... Tudo muda e tudo faz parte de sua personalidade em construção.
O vento é atemporal, mas não insensível. O vento é barulho mas também pode ser sinfonia. O vento é movimento. Com ele eu viajo e ele viaja comigo.
Companheiros inconstantes numa jornada de mistérios chamada viver.
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